quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sobre as Novelas de Cavalaria


Nem só de poesia viveu o Trovadorismo, mas também floresceu nesse período um tipo de prosa ficcional, as chamadas "Novelas de Cavalaria", embora a maioria das novelas de cavalaria em língua portuguesa são traduções ou adaptações de novelas francesas ou inglesas. Elas continham narrativas de assuntos de guerra, e ressaltava a figura dos "heróis-cavaleiros" que passavam por situações perigosíssimas para defender o bem e vencer o mal.
Esses cavaleiros medievais eram idealizados na figura de homens castos, fieis, dedicados, e sempre dispostos a qualquer sacrifício para defender a honra cristã, ou seja, de acordo com os ideais da Igreja Católica, por quem lutavam. Eles eram diretamente ligados as cruzadas e estavam envolvidos na luta em defesa da Europa Ocidental contra sarracenos, eslavos, magiares e dinamarqueses, considerados como "inimigos da cristandade". 
As novelas de cavalaria se dividem em três ciclos: 
1. O Ciclo Clássico - Narrativas baseadas na história e lendas de clássicos antigos, incluindo as façanhas de Alexandre, o Grande e dos heróis da Guerra de Tróia.
2. Ciclo Carolíngio ou Francês - Romances que tem por herói Carlos Magno e seus cavaleiros.
3. O Ciclo Bretão ou Arturiano - assuntos de origem Celta, especialmente centrados na corte do Rei Arthur e de seus célebres cavaleiros da távola redonda. 



Geralmente, as novelas de cavalaria não apresentam uma autoria. Elas circulavam pela Europa como verdadeira propaganda das Cruzadas, para estimular a fé cristã e angariar o apoio das populações ao movimento. As novelas eram tidas em alto apreço e foi muito grande a sua influência sobre os hábitos e os costumes da população da época. 

As novelas Amadis de Gaula e A Demanda do Santo Graal foram as mais populares entre os portugueses.


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